quinta-feira, 17 de março de 2011

A legalização da maconha, sim ou não?

Após muita discussão sobre o assunto resolvi escrever sobre esse tema que grande importância principalmente no que envolve a juventude brasileira, mas a proibição da cannabis (maconha) pode ter mais a ver com interesses morais, políticos e econômicos do que com argumentos científicos. A legalização da maconha é um tema bastante controvertido, pela quantidade de interesses ocultos que existem por trás da mesma, sobretudo sociais e econômicas que serão os mais efetados.
Obviamente, como todo projeto que grande repercussão esse também tem seu lado bom e ruim, vejamos: A maconha é o produto ilícito mais conhecido e consumido no mundo inteiro, legalizando este produto terá que se adequar a uma série de exigências comerciais para produção, gerando assim impostos e empregos diretos, colaborando por um lado para o crescimento da economia. Pelo lado social, legalizar a maconha só abre as portas para no futuro para que os jovens se tornem dependentes químicos, abrindo discussões sobre outras legalizações de produtos ilícitos, hoje foi à maconha, amanhã será o que? Cocaína, Haxixe...? Sem contar que estaríamos jogando o futuro no lixo dessa forma.
Uma reação em cadeia acontece, Por que a maconha é proibida? Porque faz mal à saúde. Será mesmo? Então, por que o bacon não é proibido? Ou as anfetaminas? E, diga-se de passagem, nenhum mal sério à saúde foi comprovado para o uso esporádico de maconha, mas há exceções nem, todas as pessoas têm a mesma resistência a substancias nocivas, conheço pessoas que entraram em vícios por terem começado com a maconha. O problema em si não é a legalização mas sim a conduta das pessoas perante isso, temos o álcool e o cigarro por exemplo que são legalizados que na teoria não poderiam ser vendidos a menores de idade, mas na pratica não é o que ocorre, então quem garante que com a maconha não será a mesma coisa? Daí parte essa minha linha de pensamento.
Maconha faz bem?
No geral, não. A maioria das pessoas não gosta dos efeitos e as afirmações de que a erva, por ser "natural", faz bem, não passam de besteira. Outros adoram e relatam que ela ajuda a aumentar a criatividade, a relaxar, a melhorar o humor, a diminuir a ansiedade. É inevitável: cada um é um.
O uso medicinal da maconha é tão antigo quanto a maconha. Hoje há muitas pesquisas com a cannabis para usá-la como remédio. Segundo o farmacólogo inglês Iversen, não há dúvidas de que ela seja um remédio útil para muitos e fundamental para alguns, mas há um certo exagero sobre seus potenciais. Em outras palavras: a maconha não é a salvação da humanidade. Um dos maiores desafios dos laboratórios é tentar separar o efeito medicinal da droga do efeito psicoativo - ou seja, criar uma maconha que não dê "barato". Muitos pesquisadores estão chegando à conclusão de que isso é impossível: aparentemente, as mesmas propriedades químicas que alteram a percepção do cérebro são responsáveis pelo caráter curativo. Esse fato é uma das limitações da maconha como medicamento, já que muitas pessoas não gostam do efeito mental. No Brasil, assim como em boa parte do mundo, o uso médico da cannabis é proibido e milhares de pessoas usam o remédio ilegalmente.
Mas legalizar a maconha não é sinal de erradicar o tráfico, a maconha é apenas uma das drogas ilícitas. Mas É necessário pensar a questão da legalização deslocando o enfoque dado a droga para o sujeito que usa. Com isso, estaremos envolvidos em ações que possibilitem uma intervenção direta na sociedade, pois os recursos destinados hoje em dia ao combate do narcotráfico estariam a disposição para serem aplicados na recuperação dos usuários, será? Em um país como o nosso onde regras não passam de absolutamente nada, em que o errado parece certo e o certo é duvidoso, o aspecto econômico não justifica a legalização da maconha.

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