sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Outro episódio lamentável...

Na Câmara Municipal de Manaus, nesta quinta feira, 24, os vereadores Leonel Feitosa, Wilker Barreto, Homero de Miranda Leão, Gloria Carrate e Mitoso, convocaram a imprensa para uma coletiva. Brincando com coisa séria os vereadores tentaram criar um factóide político para desviar a atenção de outra cena patética, aquela em o Prefeito deseja a morte de uma moradora de risco da comunidade Santa Martha.

Com a proposta de devolução dos salários do mês de fevereiro esses pseudo-representantes do povo, só alimentam as picuinhas políticas que os próprios alegaram que houveram durante o ultimo mês.

Se não for para criar um factóide político em defesa de Amazonino, deve ser a mais pura falta do que fazer é lamentável ver que esses tipos de políticos só se importam consigo, enquanto isso o povo sofre com a falta d’água, luz e infra-estrutura. Mostrando a verdadeira face de quem não tem compromisso com aqueles que os elegeram, mostrando também e mais claramente que são infantis na arte de fazer política...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Episódio lamentável

O prefeito de Manaus Amazonino Mendes prova mais uma vez que além de velho, está ficando doido. Jornais e blogs de todo o país noticiaram a cena patética e lamentável do prefeito discutindo com uma moradora da comunidade Santa Martha, como se não bastasse o fato da pobre coitada morar num local de risco, não por que quer, mas sim por ser mais uma vítima das mazelas sociais impostas pela falta de estruturação de um governo que ainda não disseram a que veio.

O secretario de ação social do Município, não soube dizer se ainda moram pessoas no local, ou sabe e não quis passar atestado de culpa, mas por dizer que não sabe passa atestado de incompetência e desapego a sua real função.

Amazonino por sua vez, disse que não pode remanejar tantas pessoas, e perguntou "Onde está o dinheiro?" se ele que é prefeito e pseudo-administrador não sabe, quem vai saber? Hoje, 22, na Câmara Municipal, vereadores tentaram amenizar a repercussão do vídeo, mas todos que o virão e prestaram bastante atenção, sabem que é em vão, pois a declaração do prefeito é racista e profundamente discriminatória e tem sim que ser acionado judicialmente.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Salário mínimo Lei ou Decreto?

Nesta ultima semana na Câmara Federal, deputados aprovaram a base salarial de R$ 545, agora o governo espera uma votação tranqüila também no senado. O ministro Guido Mantega afirmou que o novo salário mínimo será de R$ 545 a partir de fevereiro. Segundo o ministro, o salário será corrigido, em relação ao valor inicialmente proposto de R$ 540, para considerar integralmente a inflação de 2010.

Mas a polemica do salário mínimo não acaba com a aprovação do projeto Um dos artigos do projeto do governo diz que a política de reajuste do salário mínimo, que vai vigorar até 2015, será estabelecida por decreto presidencial. Ou seja, até 2015, o reajuste do salário mínimo não precisará passar pelo Congresso para ser aprovado, pois a lei estabelece um aumento anual, que poderá ser definido pelo Presidente da República. Quebrando assim os ritos da funcionalidade publica, pois se tem deputados e senadores para aprovarem ou não projetos, então isso cabe aos deputados e senadores que foram eleitos para isso, senão eles se tornam obsoletos.

Esse tipo de decisão é muito delicado, pois é imprevisível a situação econômica do país nesse período, esse passarmos por uma crise ou grande inflação? Não sabemos ao certo o que pretende a nova presidente com esse tipo de atitude, mas a essa altura do campeonato não é bom brincar com o dinheiro do povo. Se for Lei ou Decreto ainda não sabe, mas torçamos para que Brasil não se torne uma mini-ditadura.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

democratas e anarquistas, eternas discusões

DEMOCRATA: Ouvi dizer que te dizes um verdadeiro defensor das ideias democráticas. Todavia, criticas democratas que, como eu, afirmam que a democracia deve ser a forma de governar o estado.

ANARQUISTA: Pois claro. Não podes transformar um mau estado num bom estado só por torná-lo democrático, do mesmo modo que não podes transformar um peixe podre num peixe fresco temperando-o com um molho especial.

DEMOCRATA: Caro amigo, deixa-me dizer-te que a tua metáfora cheira mal. Pareces pensar que um estado é inerentemente mau; contudo, não poderíamos viver uma vida decente sem um estado.

ANARQUISTA: Acho que quando ouvires o meu argumento, poderás aprovar a minha metáfora. Julgo que aprovas as minhas premissas e, se assim for, não vejo como podes discordar da minha conclusão.

DEMOCRATA: Vamos ver.

ANARQUISTA: A minha primeira premissa é que ninguém é obrigado a apoiar ou a obedecer a um mau estado.

O que torna esta afirmação poderosa é que ela não é apenas defendida pelos anarquistas, mas faz parte do conjunto de crenças do mundo ocidental de hoje. Como certamente concordarás, apesar de a defesa desta afirmação ter uma longa e complexa história no pensamento ocidental, ela ganhou nos tempos modernos uma aceitação geral.

DEMOCRATA: Eu não discordo disso.

ANARQUISTA: Exatamente! A força do nosso argumento é que assenta em premissas que a maioria de nós aceita. Neste século, o terror, a brutalidade e a opressão sistemáticos dos regimes totalitários converteram o que poderia ter sido uma proposta defensável numa afirmação quase incontestada. Democratas, liberais, conservadores, radicais, revolucionários, cristãos, judeus, muçulmanos, ateus e agnósticos, todos concordam connosco quando dizemos que nenhuma pessoa tem a obrigação de apoiar ou obedecer a um estado opressivo.

DEMOCRATA: Mas a questão é que um estado democrático não é um estado opressivo.

ANARQUISTA: Não tires conclusões sem antes escutares o que tenho ainda para dizer. A minha segunda premissa é que todos os estados são opressivos.

Aqui também nós, anarquistas, adoptamos uma crença largamente partilhada. Hoje em dia a opressão é geralmente entendida como uma característica essencial da própria definição de estado. Entre as características específicas que distinguem um estado de outras associações está a sua capacidade de impor sanções severas e até violentas sobre as pessoas que violam as suas regras ou leis.

DEMOCRATA: Eu dificilmente contestaria uma ideia tão elementar. Como qualquer estado, um estado democrático usará a opressão para fazer cumprir as leis democraticamente estabelecidas, se isso se revelar necessário.

ANARQUISTA: Estou contente por, até agora, estarmos de acordo. Estou certo que também concordarás com a minha próxima premissa que é a seguinte: a coerção é intrinsecamente má.

Mais uma vez, nós anarquistas, defendemos uma afirmação que poucas pessoas poderão contestar. A coerção significa forçar alguém a obedecer a algo, ameaçando física ou emocionalmente aqueles que se recusam obedecer. Na medida em que a coerção é bem sucedida as pessoas são obrigadas a obedecer às leis a que se opõem. Se a ameaça não resulta e a pessoa que desobedece é punida, o resultado é em geral o sofrimento físico na forma de prisão ou pior. Defender que consequências como estas são boas em si, ou mesmo neutras, seria perverso. Se pudéssemos atingir os nossos fins sem o uso da coerção e da punição, certamente que todos nós dispensaríamos esses meios.

DEMOCRATA: Não vou discutir a tua terceira premissa. Pelo contrário, nós democratas argumentamos que uma razão pela qual um estado deve ser democrata é precisamente porque um estado não é simplesmente uma associação voluntária. É porque possui a capacidade de coagir que um estado é potencialmente perigoso. Para garantir que o enorme poder de coagir de um estado seja usado para o bem público e não para o mal, é muito mais importante que o estado seja democrático do que qualquer outra associação privada o seja.

ANARQUISTA: Enquanto as minhas primeiras três afirmações podem ser facilmente aceites, a quarta já não o é: uma sociedade sem um estado é uma alternativa viável a uma sociedade com um estado.

DEMOCRATA: Todavia, essa afirmação é absolutamente essencial para os anarquistas. Sem ela o anarquismo seria apenas a apresentação de um problema filosófico para o qual não teria nenhuma solução.

ANARQUISTA: Claro. É a partir dela que vou defender a visão anarquista da sociedade na qual indivíduos autónomos em conjunto com associações voluntárias conseguem executam todas as actividades necessárias à realização de uma vida boa. Nós somos contra todas as formas de hierarquia e de coerção, não apenas no estado mas em qualquer tipo de associação.

DEMOCRATA: Apresenta então o resto do teu argumento.

ANARQUISTA: Vou apresentar o meu argumento de uma forma esquemática.

  1. Todos os estados são necessariamente coercivos e, por isso, são necessariamente maus;
  2. Todos os estados são necessariamente maus e, por isso, ninguém tem obrigação de obedecer ou apoiar um qualquer estado;
  3. Porque todos os estados são necessariamente maus, porque ninguém tem obrigação de obedecer ou apoiar qualquer estado, e porque uma sociedade sem um estado é uma sociedade viável, todos os estados deveriam ser abolidos.

Segue-se daqui que mesmo um processo democrático não pode ser justificado se apenas apresenta procedimentos, como a regra da maioria, para fazer aquilo que é inerentemente mau fazer, isto é: permitir que algumas pessoas coajam as outras. Um estado democrático continua a ser um estado, continua a ser coercivo e continua a ser mau.


texto de: Robert A. Dahl

Adptação: Garcia Junior

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A soberania popular

Olá amigos e amigas desculpe a demora por uma nova postagem, mas agora vou falar sobre o assunto do momento e sua ligação com o Brasil. Mais um claro e grande exemplo da soberania do povo, no Egito as pessoas comemoram a renuncia de Hosni Mubarak após 30 anos de ditadura no país, entregando o poder na mão do exercito. Hosni Mubarak, de 82 anos, teve seu governo contestado desde o dia 25 de janeiro por grandes manifestações populares, que deixaram cerca de 300 mortos e 5.000 feridos.

Lutar pelo que se acredita devia ser uma característica de qualquer nação que queira sua melhoria, um exemplo da estagnação ideológica e alto de ignorância política infelizmente é o nosso país (Brasil) ao qual seu povo parece ter se acostumado a viver como um mendigo na beira de uma sarjeta. Somos incitados, quase que hipnotizados, diariamente, a engolir verdades que não são nossas, regras impostas por quem não sabe nada sobre nossos anseios. Mas nós enquanto povo (assim como no Egito) podemos mudar toda essa situação, mas está claro que somamos poucos os que realmente querem. Cabe lembrar que, por outro lado, o ser humano, independentemente do nível de consciência que tenha a respeito, só se compromete de fato com o resultado de suas ações na medida em que tenha liberdade para agir de acordo com o que pensa ser seu interesse. Desde que possa assumir um posicionamento que considere o mais adequado para atingir seus próprios objetivos, o que se torna o maior dos problemas já que poucos demonstram consciência.

Enquanto muitos procuram saber o significado de consciência o Brasil empobrece nas mãos de pessoas que escolhemos como nossa voz perante os tubarões do poder, esquecendo-se ou mesmo nem tomando conhecimento que o povo é a maior autoridade política de uma democracia mesmo ganhando apenas um salário mínimo... até a próxima.